sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Crônicas de uma Maratona - Parte 3 (Final)

Passados quase um mês da minha primeira Maratona e me sentindo um homem diferente para melhor, agora é hora de traçar outros objetivos.
Primeiramente, gostaria de destacar que todo o processo que passei desde os treinamento e a própria Maratona em si, me permitiram passar por um processo de mudança interna intensa. Com certeza não sou o mesmo homem de antes.
Segundo, tenho que destacar o trabalho do meu fisioterapeuta Yuri Franco pelo processo de recuperação que vem fazendo comigo, pois a sensação de musculatura "cansada" me acompanhou  por duas semanas, mas após acompanhamento com o Yuri, me permitiram treinar de forma adequada, tanto que domingo (03/11) tem uma Meiazinha (Etapa III do Circuito Athenas) para esquentar as pernas.
Terceiro, o coach Emerson Gomes, que acreditava que faria a prova em 3h22, continua firme nessa concepção. Ele me falou que o motivo de eu ter ido "mal" na prova, é que simplesmente resolvi estrear na Mais dura Maratona da América Latina. Ele falou que tenho potencial para uma Maratona sub-3h ano que vem (em Porto Alegre ou Buenos Aires). Se ele acredita e eu quero, então vamos lá!

Até a próxima pessoal.

Running Free BR!!!

domingo, 27 de outubro de 2013

A chave está nos Quadris!!!

Por Yuri Rafael dos Santos Franco

Olá caros leitores do Running Free BR, é com muito prazer que estou escrevendo pra vocês a pedidos do Caio. A temática desse post é a influência da musculatura do quadril no desempenho da corrida. Esse tema foi sugerido depois de algumas sessões de fisioterapia que o Caio vem fazendo.
Tudo começou em um domingo, exatamente no dia 15/09, onde estávamos almoçando e o Caio referiu que durante seu último treino mais longo, antes da maratona de SP, ele sentiu uma dor muito forte na panturrilha que fez diminuir o ritmo do treino. Na mesma semana ele chegou na clínica com o desconforto, porém durante a avaliação clínica não parecia nada mais do que uma contratura na região da panturrilha e começamos a sessão com analgesia local e alguns agentes térmicos para melhorar aquele quadro, pois faltavam apenas 2 semanas para a prova que o Caio vinha treinando e pelo que conheço do cidadão ele não iria parar o treino devido a essa dor.
E foi depois dessa primeira etapa que eu fiquei assustado, pois ao iniciar o fortalecimento do complexo posterolateral do quadril (especial o glúteo médio) ele mal conseguia ganhar da gravidade. Mais uma vez o Caio me deixou pensando em certos aspectos biomecânicos da corrida e a importância de uma boa instrução e uma equipe especializada no tratamento dos atletas.
E ai vem o tema proposto para o texto. Qual é a importância da musculatura do quadril para os corredores?
Atualmente, a comunidade científica voltada ao esporte tem falado muito das desordens biomecânicas que acontecem nos membros inferiores e o envolvimento da musculatura do quadril, em especial os que compõem o complexo posterolateral do quadril (glúteo médio e máximo e os rotadores laterais do quadril), tem ganhado destaque, talvez, por sua característica estabilizadora. Mas o que faz esse grupo muscular ser tão importante? É algo simples de ser visualizado, pois essa musculatura tem ação de estabilizar a pelve quando tiramos um dos pés do chão, gesto natural da corrida. Um exemplo é que quando tiramos o pé esquerdo do chão, a musculatura ativada é a do quadril direito para evitar que a pelve caia (sinal de Trendelemburg). Quando temos um déficit de força ou de ativação e a musculatura não faz seu papel o risco de lesão é aumentado de forma exponencial e não é apenas no quadril, com foi dito antes, mas todo o membro inferior é prejudicado, desde a coluna lombar até o pé.
Outro ponto que pode ser perguntado é porque então, o Caio, chegou com aquela dor na panturrilha? Algo que temos levar em consideração é que o corpo, independente da situação que ele se encontre vai fazer o movimento desejado. E aí entra um ponto interessante que é a ação dos músculos sinergista, que são aqueles que atuam de forma a facilitar ou ajudar um único músculo ou um grupo muscular. E isso já é certo, o glúteo, o quadríceps e a panturrilha eles se ajudam na hora da marcha ou da corrida afim de que o movimento seja realizado, logo se um deles falha o restante continuará “pagando o pato” para realizar o movimento. E aí vem uma hipótese do que pode ter gerado a lesão do Caio, além da sobrecarga devido ao treino, a falta de força no complexo posterolateral do quadril pode ter afetado todo o grupamento que dá propulsão para marcha e gerado contratura ou espasmo na panturrilha.
Fiquem atentos, pois não são só as lesões musculares que podem ser o resultados dessa fraqueza, outras lesões mais graves podem acontecer como: Lesão do Ligamento Cruzado anterior, Síndrome da dor femoropatelar, Síndrome do trato ou banda Iliotibial e várias outras desordens músculo-esquelética.
Resumindo todo esse texto, muita das lesões que acontecem em atletas, sejam eles amadores ou profissionais, podem ter sua origem distante do local real da lesão. Por isso é importante o acompanhamento de uma equipe especializada em lidar com atletas.
Acho que é isso pessoal, espero que tenham gostado dessa breve explanação do tema que venho estudando e estou à disposição para maiores esclarecimentos.
Até breve!

Yuri Rafael dos Santos Franco
É Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia Músculo Esquelética pela ISCMSP e Mestrando em Fisioterapia pela Universidade da Cidade de São Paulo (UNICID)
Atende na GERF Fisioterapia e Pilates - Rua Mato Grosso, 128, conj. 43/44. Hienópolis. São Paulo-SP

yrfranco@hotmail.com . Facebook: https://www.facebook.com/yuri.franco.399

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Crônicas de uma Maratona - Parte 2

Domingo passado, aconteceu a corrida Ímpar da minha vida, o auge da minha curta carreira de corredor de rua. Dois anos e meio me preparando, sendo quatro meses de preparação específica para a Mítica Maratona. Maratona de São Paulo...
... quando entrei para a MPR, meu professor Emerson perguntou: - São Paulo? Prova muito dura, acho melhor estrear em Buenos Aires que é plana, clima ameno; 
Oxe, um alagoano cabra macho com medo? 42 km são iguais independente de onde é! Foi o que pensei. Vou treinar para mostrar para ele que quem manda aqui sou eu!
Os treinos, apesar de duros, foram feitos e me julguei capaz de terminar em 3h30, uma meta arrojada, julgando o pace médio de 5:00/km.
Na quinta que antecedeu a prova, o professor me mandou a estratégia da corrida; os ritmos, a nutrição, hidratação, hora do gatorade. Tempo final estimado: 3h22????? Poxa, esse cara tá confiando em mim, isso melhorou muito minha auto-confiança.
No dia da prova, cheguei, aqueci, encontrei o Marcus Belda, que fez os 25 km, e fomos para a largada.
18.000 corredores, nunca vi tanta gente com tênis ao mesmo tempo.
Li várias vezes sobre os estágios que um corredor passa durante uma Maratona, vou falar um pouquinho sobre alguns que passei.
1- Excitação: Começou a prova e pensei: É isso aí garoto, você treinou muito duro, agora é só a coroação, vamos lá. Fui assim até o km 5. Após isso, olhava para as placas de quilometragem e pensava: caraca ainda faltam 35 km. Ao longo do percurso, fui realizando a nutrição e hidratação de acordo com a estratégia.
2- Negação (18-20 km): O ritmo estava se mantendo bem, mas a frequência cardíaca começou a subir para manter o ritmo, pensei: isso não é nada, estou me sentindo bem. Continue assim (teste de caminhada de 6 minutos. hahahaha).
3-Abalo/Isolamento(21-25 km): Comecei a perceber que poucas pessoas estavam correndo junto comigo, me perguntei: Ué, cadê a galera?. Ao entrar na Cidade Universitária, tinha o pórtico de chegada do 25 km, faltavam apenas 17 km para mim, sinal que estava chegando; mas quando olhei para o relógio, ele marcava 5:30/km. Como assim? Tava tão bom? Tentei entrar no ritmo estabelecido, mas não consegui. Então permaneci neste ritmo mesmo, para não quebrar.
4- O Muro: Se tem uma coisa verdadeira quando falam de correr uma Maratona, é o Muro. Sempre li e ouvi falar nesse tal de Muro, um determinado ponto da prova em que um cansaço absurdo surge do nada. Com três caminhos: Se bate nele e cai, Ou você o derruba e termina a prova bem; Ou faz tanto esforço para atravessá-lo, que  fica sem forças suficientes para terminar bem.
No meu caso foi a última opção, e veio no Km 28. Do nada, um elefante subiu nas minhas costas e com ele vieram as câimbras, que acompanharam até o último passo. Ainda consegui manter o ritmo até o km 33, quando não aguentei e comecei a andar pela primeira vez. Quando isso aconteceu, escutei várias vezes: - Vamos lá garoto, a corrida tá começando agora.
Apesar de alternar corrida com caminhada, consegui correr adequadamente, mas as pernas estavam doendo muito.
5- Afirmação (37-41 km): A partir do km 37, foi um jogo mental. Eu exercitei da forma mais intensa de como a mente pode comandar o corpo. Nessa hora eu apenas andava, quanto tentava correr não conseguia. O corpo pedia para parar, mas eu não deixava. Eu me recusava a desistir. As dores nas pernas eram fulminantes, e atingia todos os músculos das pernas. Mesmo assim eu fui seguindo. Na minha cabeça eu ia terminar nem que fosse engatinhando.
Quando passei da placa de 41 km, veio uma câimbra em todos os músculos das duas pernas, se não houvesse um cavalete ao lado eu tinha caído. Na hora eu só pensava em todos que me deram forças. 
Como estava perto da chegada, muitas, mas muitas pessoas começaram a gritar meu nome, mandando não desistir, falando que a dor era passageira, nessa hora a torcida deles me deu forças e eu consegui recomeçar a correr, e correr e correr. De repente o cansaço acabou e quando olhei para frente, a chegada. 
6- Exaltação: Caraca! Consegui!!!!! Quando passei pela linha de chegada, o tempo era de 4h18, mas o tempo não importava. Pensar que consegui correr 42 km foi uma sensação de vitória indescritível. Após passar pela chegada, as pernas falharam e eu caí. Fiquei 5 minutos sem conseguir me levantar, mas o dever foi cumprido. 
Agora eu posso falar que sou um Maratonista!!!!
Quando cheguei na tenda da MPR um colega vendo meu estado perguntou: - E aí garoto, essa vai ser a última ou a primeira?
Eu: - Tô pronto para a próxima!
Ele: -É, você é um corredor...
Eu pensei: Eu sou mesmo!
Ano que vem planejo fazer uma Maratona plana, Porto Alegre ou Buenos Aires, para ver ser consigo fazer as 3h22. Essa semana será de descanso, mas segunda o tênis vai estar no asfalto mais uma vez.

Até a próxima.

Running Free BR!!!!!


sábado, 21 de setembro de 2013

Crônicas de uma Maratona - Parte 1

Daqui a duas semanas no dia 6 de outubro acontecerá a Maratona de São Paulo. Será minha primeira participação na mítica distância da corrida de rua. Como tenho noção do quão é duro correr uma Maratona, não só a corrida em si, mas também sua preparação, optei por iniciar um acompanhamento especializado para ter uma adequada preparação. Procurei apoio nutricional e entrei para "A" Assessoria de corrida de São Paulo - Marcos Paulo Reis (MPR). Como sempre treinei sozinho e sem acompanhamento, não imaginava o quanto é importante treinar sob supervisão. Além disso, treinar com pessoas acima do meu nível trouxe uma motivação extra. 
Com acompanhamento especializado, era hora de treinar. Nossa, como eles são duros. Quatro treinos de corrida por semana, intercalados com dois dias de natação. Os regenerativos duram no mínimo 50 minutos, que servem para "soltar as pernas" depois do longos que foram de 16 até 30 Km!
O apoio nutricional está no ponto, visto que, mesmo com uma grande carga de treinos, estou mantendo meu peso - 55 kg.
Após terminar a Golden Four Asics com pace médio 04:23, imaginei que faria a Maratona com pace de 4:50-4:55, isso daria um total de 3h23-3h26, mas correr uma Maratona não é uma Meia-Maratona. Os treinos estão me mostrando que será muito difícil de conseguir esses tempos, mas estou fazendo o que necessário para chegar lá.
Ainda não conversei com meu treinador para falar da estratégia e ritmos utilizados na corrida.
Vamos ver o que acontece.

Até a próxima!

Running Free BR!!!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Golden Four Asics - São Paulo

21 quilômetros, a metade da distância mítica da corrida, mas nem por isso menos desafiadora. Como preparação, foram seis meses de treinamento com cinco dias por semana, em média 50-60 km por semana.
Prova alvo, Golden Four Asics na cidade de São Paulo; ano passado tinha realizado a prova em 1:36:58, foi minha primeira meia-maratona e até então, meu melhor tempo. Fiquei na posição 523 com esse tempo. Para este ano o plano era terminar abaixo de 1:35:00. 
Os treinos foram fortes e intensos, os ritmos usados nunca tentados até então, e a jornada não foi fácil. Faltando um mês para a prova, tive uma lesão no tornozelo direito, me deixando de molho por duas semanas. Como tinha relatado nos posts anteriores, realizei provas-teste nas duas semanas que antecederam a meia-maratona e os resultados foram bons. 
Fui para a prova com o pace de 4:20/km na cabeça, com ele terminaria em 1:30:00; sabia que seria difícil, mas eu estava indo para correr entre a fadiga e a exaustão.
A largada foi às 7h e a temperatura era de 11ºC. Comecei com uma estratégia conservadora, mas dentro do estipulado, com pace de 4:23-4:25/km nos primeiros 10 km. Ao longo do percurso, que foi relativamente plano fique na companhia de alguns corredores que estavam no mesmo ritmo, mas a partir dos 16 km coloquei a faixa vermelha na testa, a faca entre os dentes e fui a caça. Mirava em um corredor a minha frente e o passava, foi assim até o final. Percebi que o meu temor de faltar perna nos quilômetros finais não tinha acontecido e consegui manter o pace. 
Faltando 1 km vi uma bandeira de Alagoas me esperando, a peguei e fui até o pórtico de chegada. Quando o vi, ele estava marcando 1:33:50, nesta hora usei a última grama de glicose e a última hemoglobina saturada de oxigênio e dei um sprint. Antes de passar o pórtico estava chorando...
... O tempo líquido foi de 1:33:29, consegui diminuir 3:30 e melhorar minha posição para 451. Nesta corrida fiquei com a sensação que dei tudo que poderia dar de mim naquele dia, e com uma sensação de vitória imensa.
O plano é ano que vem terminar em 1:29:00, mas até lá, tem uma prova X no meio do caminho. 42 quilômetros, a distância que matou Filípedes na antiga Grécia. Agora o sistema vai ser bruto.
Não posso deixar de agradecer a todos que me apoiaram e principalmente para a minha Staff, Torcedora e Tiete oficial, Wesla Neves. Muito obrigado galera do Running Free BR.

Até a próxima!

Running Free BR!!!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Circuito Athenas SP - Etapa II Parte 2 - Wesla


Olá Galera! Eu sou a Wesla. A convite do Caio vou contar para vocês a experiência dos meus primeiros 16KM. Então vamos lá! Caio fez o convite faltando 8 semanas para a prova e disse que dava para fazer. Ele já acreditava! Eu não tanto, mas topei. Queria tentar entender/vivenciar porque muitas pessoas negavam meus convites para as provas de 5K e 8K, com a justificativa de que era uma grande distância a ser percorrida, fora os treinos. E foram nos treinos que iniciaram as mudanças. Minha planilha até então, desde março deste ano quando comecei a  correr, era composta por 3 treinos na semana, passou para 4, sendo este novo dia de treino de subida. Durante 8 semanas treinei terça, quarta, quinta e domingo. O objetivo era: completar correndo em qualquer pace. A ficha só caiu mesmo na sexta antes da prova. Caraca, eu iria correr 16K...

No domingo cedinho estávamos lá, Caio, Marcus e eu. Largamos no frio, veio uma chuva e o sol chegou tímido depois. Muita gente passou por mim antes dos 8K e eu dizia pra mim: - Corre com a cabeça, não só com as pernas, eu Vou completar esta prova correndo! Depois do retorno, comecei a passar uma boa parte do pessoal que havia passado por mim. Estava numa felicidade só, não havia parado nem para tomar o "temido" Gatorade (corrida + Gatorade nos olhos = ARGHHHH!). Usei a técnica do Caio: dobrar a borda do copo. Quando vi a placa de 15K, fiquei emocionada! Chorando aumentei o ritmo. Comecei a agradecer como sempre: "Obrigada meu Deus! Obrigada Caio por acreditar em mim! Mainha, Painho, Wendy e amigos essa é pra vocês, e toda a galera do Running Free BR." E o ar começou a faltar. "Ai eu não posso chorar, senão não vou conseguir respirar direito". Guardei o choro para depois da chegada! Tinha que chegar bem! Depois de passar pelo pórtico corri para abraçar o Caio e o Marcus. Aí pronto, chorei viu! Objetivo alcançado: completei a prova correndo. Tempo oficial - 01:44:34. 
4Km 5Km 8Km 16Km

E agora? Tentar 21Km? Quem sabe!

Até mais!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Circuito Athenas SP - Etapa II Parte 1 - Caio

Esta post será dividido em dois. Na primeira parte, contarei a minha perspectiva da prova. Em seguida, a Wesla nos contará como foi encarar esse novo desafio (De 5 a 16 km em 6 meses).
No último domingo, na cidade de São Paulo, aconteceu a segunda etapa do Circuito Athenas. As distâncias foram 5, 8 e 16 km. Fomos eu, a Wesla e o Marcus, todos na distância de 16 km, sendo a estréia nesta distância para os dois. Como na semana passada, os 16 km seriam um prelúdio do objetivo do meio do ano: Golden Four Asics, que irá acontecer no próximo domingo. Os 16 km serviriam para testar o pace que será utilizado na meia-maratona. Trajeto plano e tempo ameno iriam facilitar o bom desempenho. Após aquecimento e posicionamento no pelotão Top 300, foi dada a largada. Sem pressão, mas com expectativa que o tempo de 1:09:47 do ano passado iria cair. Mantendo pace médio de 4:17/km (13,99 km/h) e de forma confortável fui realizando o percurso. Mas no quilômetro 13 surgiu o sinal amarelo: Começou a faltar perna...
Quê, faltar perna agora?! Achei que foi a estratégia de reposição de carbo que estava errada, mas lembrei: Cacete, a Musculação! Lembrei também de um exame que fiz na semana passada, o DEXA, que é um aparelho que consegue medir a composição corporal de forma fidedigna, e o resultado foi: Massa muscular no limite inferior da saúde para minha composição corporal. 
Daí começou a pular a pulga atrás da orelha, será que irá acontecer a mesma coisa semana que vem? Vixe!
Apesar de ficar pensando nisso, consegui manter o pace e terminar a prova em 1:08:37. 58º no Geral e 8º na Categoria. 
Marcus terminou muito bem com 1:21:08, por um pouco mais de um minuto ele não entrou no Top 300 em sua estréia.
Vamos ver o que vai rolar semana que vem.

Até a próxima.

Running Free BR!!!



quarta-feira, 17 de julho de 2013

Meia de Sampa


No dia 14/07 no Jockey Club de São Paulo aconteceu a Meia de Sampa, que teve 3 distâncias: 5,5 , 10 e 21 km. Como em duas semanas teria a Golden Four Asics, decidi por 5,5 km na planilha. Era uma boa oportunidade para testar como estava a velocidade. 
Foi uma manhã bem fria e tudo estava a favor de um bom desempenho.
A largada não foi em blocos e todas as distâncias largaram juntas o que atrapalhou um pouco. Mas o percurso contava com apenas dois aclives. 
Ao longo do percurso consegui manter um pace de 3:58/km, não estava tão confortável, mas considerando que o pace planejado para a Golden seria 4:20/km, pareceu bom.
No final consegui terminar os 5,5 km em 22:21, com esse pace, se o percurso tivesse 5 km, teria terminado em 19:50, o que seria meu melhor tempo na distância. 
Além disso consegui ficar em 14º no Geral e em 2º na categoria por idade. 
Acho que tá bom.
Até a próxima.

Running Free!!!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Correr é melhor que Caminhar ? Parte 2

A resposta para esta pergunta estará sempre rondando aqueles que querem começar a correr. Aqui defenderei, mais uma vez que a corrida é melhor que a caminhada. O motivo de hoje é algo muito importante, para as pessoas que querem emagrecer: Apetite.
Um pequeno estudo realizado na Universidade de Wyoming-EUA demonstrou a superioridade da corrida sobre a prática da caminhada em relação ao apetite.  Foram comparados dois grupos de Mulheres, 9 Corredoras e 10 Caminhantes com idade entre 18-40 anos. Elas realizaram a atividade por 60 minutos e tiveram o gasto energético monitorado e foram dosados hormônios relacionados à regulação do apetite (Peptídeo YY-responsável por diminuir o apetite e Grelina - hormônio da fome). Após realizarem a atividade, as mulheres foram expostas a um bufê, podendo comer a quantidade que quisessem. Para controle, elas também foram expostas ao mesmo bufê, mas sem antes terem realizado a atividade.
Resultado: As praticantes de corrida consumiram em média 200 Kcal a menos que as caminhantes e os níveis de Peptídeo YY foi maior e o de Grelina menor. Já as caminhantes consumiram cerca de 50 calorias a mais do que gastaram durante a hora que caminharam.
É isso pessoal.
Fonte: Larson-Meyer DE, Palm S, Bansal A, Austin KJ, Hart AM, Alexander BM. Influence of Running and Walking on Hormonal Regulators of Appetite in Women. Journal of Obesity.2012.

Até a próxima.

Running Free BR!!!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Entenda sua Planilha

Alguns de vocês já podem ter se perguntado o motivo de uma planilha de corrida ter treinos tão diferentes. Por que para correr 10 quilômetros, minha planilha não tem necessariamente treinos com essa distância?
A Planilha de corrida é baseada em princípios que regem os efeitos do exercício físico sobre o organismo.
Basicamente, existem três tipos de treinamento:
1º - Intervalado: Esse tipo de treinamento é usado para se ganhar velocidade, pois esse treino estimula o metabolismo anaeróbico (aquele que não utiliza oxigênio) aumentando a eficiência da captação de oxigênio para o músculo, isso faz com que você consiga manter uma velocidade maior durante mais tempo. Na planilha ele virá sob forma de treinos com variação de ritmo ou até com intervalos.
2º - Longo: Esse treinamento é usado para se ganhar distância. O metabolismo predominante é o aeróbico. Existe uma faixa ótima de treinamento que varia de 60-90 % da Frequência Cardíaca Máxima para utilização deste tipo de metabolismo. Na planilha ele terá forma de treinos longos com uma intensidade de moderada a um pouco forte, mas não máxima.
3º - Regenerativo: É um treino mais leve e mais curto. Serve para fazer um descanso ativo. Ele atua na remoção mais efetiva do lactato sanguíneo.
Outra coisa importante é notar que os treinos no começo são mais curtos e menos intensos e vão aumentando gradualmente e  nas ultimas semanas os treinos voltam a ser mais curtos e leves formando uma curva em forma de hipérbole.
A planilha na maioria das vezes tem uma prova alvo e ela é pensada para se obter o melhor desempenho possível. As primeiras semanas servem como período de adaptação e vai evoluindo para o ganho de potência aeróbica e anaeróbica até o ápice da curva. Nas últimas semanas existe o polimento das habilidades obtidas na planilha.
Então, espero ter solucionado algumas dúvidas.

Até a próxima.
Running Free BR!!!!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Circuito Athenas 2013 - Etapa I - SP

Dia 19/05, aconteceu a primeira etapa do Circuito Athenas. Esse Circuito tem 3 corridas ao longo do ano e suas etapas tem distâncias progressivas para que o corredor possa se superar. Corri esse circuito ano passado e foi muito bom, além disso, consegui ficar em 32º na classificação geral das 3 etapas.
A primeira etapa teve as distâncias de 5 e 10 Km, sendo o percurso feito na Marginal Pinheiros, que é plano, ou seja, perfeito para diminuir tempos.
A minha companheira Wesla, como não poderia deixar de ser, estava lá comigo, além disso ela estava representando a Equipe Running Free (Priscilla, Carol Soares, Carol Braz, Natasha, Tati Arruda, Tati Faccio, Nathália, Marcus, Renata, Michele, entre outros).
Após o aquecimento, fui para a linha de largada, pensando no pace e no tempo final. O objetivo era terminar os 10 Km em 43'20", para isso teria de manter um pace médio de 4'20"/Km. Lembrando que meu melhor tempo na distância era de 44'04".
Como larguei na frente, não precisei ficar desviando de outros corredores, e comecei os 2 primeiros Km com pace de 4' bem confortável. Após o 3º Km, achei os corredores que estavam no mesmo ritmo e seguimos durante todo o percurso. Depois de completar o 5º Km diminui o pace para 4'10" com medo de "quebrar". 
Quando cheguei no Km 8, encontrei muitas pessoas que estavam fazendo 5 Km e caminhavam, aí tive que costurar igual um motoboy na 23 de Maio, mas isso não atrapalhou tanto. Quando vi o Km 9, sentei o tênis no asfalto e dei um sprint.
Saldo final, 10 Km em 41'49". Essa vitória não foi só minha, mas de toda Equipe, que está se dedicando nos treinos e futuramente estarão participando comigo das corridas.
O próximo objetivo agora, é baixar o tempo da Meia-Maratona, que será no final de Julho e depois, me preparar para Minha primeira Maratona em Outubro.
Até a próxima.

Running Free!!!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Existe melhor horário para Correr?

Alguns corredores podem se perguntar se existe um horário ideal, onde o corpo responda melhor durante o treino de corrida. Isso é um aspecto que tem muitas variáveis, pois às vezes só temos um período do dia para treinar e cada um tem um ritmo diário.
Mas para tentar responder a essa pergunta foi realizada uma revisão de estudos sobre o assunto pelo National Center of Medicine and Science in Sports da Tunísia. 
Eles evidenciaram que parece existir sim um horário ideal para se treinar. Quando comparado a outros horários, os atletas que treinaram entre 16-17 horas apresentaram maior força, resistência e flexibilidade. Porém também foi encontrado que os corredores que preferem treinar de manhã, apresentaram menor tendência para abandonar o hábito de correr.
Apesar dos resultados, temos de lembrar que independente do horário, a corrida praticada de forma regular apresenta os mesmos benefícios. Além disso desempenho na corrida é importante, mas não é tudo. O que importa é se sentir bem e continuar correndo.

Fonte: The effect of training at a specific time of day: a review. Journal of strenght and condictioning research. 2012;26(7):1984-2005. 

Até a próxima.

Running Free!!!

sábado, 4 de maio de 2013

Corrida e Pressão Arterial.

A American Heart Association (Associação Americana de Cardiologia), publicou recentemente um estudo que verificou os efeitos do exercício físico na redução da Pressão Arterial. 
A associação reuniu o resultado de 93 estudos e compararam o efeito do Treino de Endurance, de Força e Isométricos (alongamentos, yoga) separadamente ou em conjunto, na redução da Pressão Arterial. Para ser incluído, o estudo deveria ter um tempo de treinamento maior que 4 semanas.
O resultado não surpreendeu. Todos os tipos de atividade reduziram a Pressão Arterial, separadamente ou associadas. Mas o melhor resultado é que o treino de endurance teve um impacto positivo maior em comparação aos outros, principalmente nos indivíduos que já eram hipertensos.
Então pessoal, mais um motivo para incentivar mais pessoas a se juntarem a nós!

Fonte: 

  • Neil A. Smart. 
  • Exercise Training for Blood Pressure: A Systematic Review and Meta‐analysis. J Am Heart Assoc.2:2013.



    Até a próxima.

    Running Free!!!

    quinta-feira, 25 de abril de 2013

    Série Delta - Etapa Índia - São Paulo

    No último domingo, no Parque da Independência, ocorreu a Série Delta Etapa Índia. Esta prova foi interessante, pois mais duas pessoas novas da Equipe Running Free iriam debutar no mundo das corridas de rua. Os amigos, e também fisioterapeutas, Renato Biffon e Priscilla Godoi se juntaram a mim, a Wesla Neves e ao Marcus Belda, que já correram antes.
    O dia amanheceu bem frio e o percurso era desconhecido para nós, mas no embalo de correr em equipe a gente seguiu. 
    Todos nos escrevemos para a distância de 5 Km, e particularmente achava que iria fazer a prova em menos de 20 minutos. Antes da largada, cada um de nós se posicionou em seu respectivo pelotão. O percurso pela região do Ipiranga foi cheio de curvas e subidas o que dificultou um pouco a corrida.
    Apesar disso, consegui terminar em 20:35, 26º na Classificação Geral. Logo em seguida veio o Marcus com  22:57, o Renato com 29:47, a Wesla com 36:29 e por fim a Priscilla com 37:30.
    Foi uma ótima prova e principalmente uma estréia em grande estilo do Renato e da Priscilla. O tempo do Marcus foi espetacular, e a Wesla vem evoluindo muito bem.
    Todos estão de parabéns e sei que correremos outras corridas juntos. Vamos continuar treinando para baixar esses tempos.
    Espero que na próxima corrida mais pessoas venham com a nossa equipe, pois ela está crescendo.

    Até a próxima.
    #runningfreebr

    Running Free!!!



    sexta-feira, 5 de abril de 2013

    Como você é Antes e fica Depois da Corrida?

    Surgiu na França, um projeto fotográfico bem interessante idealizado pelo fotógrafo Sacha Goldberger.
    Ele fotografou pessoas que acabaram de correr no Parque Bois de Boulogne, em Paris. Após isso ele fotografava as mesmas pessoas com roupas de trabalho.
    A intensão do Sacha era " Mostrar a diferença entre o nosso lado natural e bruto versus como nós nos representamos para a sociedade. A diferença foi surpreendente".
    E foi mesmo.
    Confiram:








    Podemos participar deste projeto também. Topam?

    Até a próxima.

    Running Free!!!

    domingo, 24 de março de 2013

    CorreDORES: Canelite.

    Este post é um pedido da minha amiga Carolina Soares, que está se iniciando na corrida, capitaneada pela minha esposa Wesla. Ao final dos treinos vem aparecendo uma dor na parte anterior da perna.
    A Canelite, como comumente é conhecida a Síndrome do Estresse Tibial, é uma inflamação dos tecidos adjacentes à tíbia ou mesmo do próprio osso. A dor costuma aparecer após os treinos e piora às movimentações do tornozelo. 
    As causas mais comuns são Hiperpronação do pé durante o gesto esportivo, Tênis inadequado para a pisada, Tênis muito rodado (mais de 400 km a depender do fabricante), Desequilíbrio muscular, Pisos irregulares e muito rígidos e Repouso inadequado.
    Antes de tratar é melhor prevenir, como usar tênis adequado para a pisada, respeitar os dias de descanso, trocar de tênis a cada 400 km, além de ter mais de um par para uso nos treinos, já que os fabricantes afirmam que o sistema de amortecimento demora 24 horas para se recuperar, além de realizar trabalhos de força muscular global e se possível correr em terrenos suaves, como terra batida e grama, se não é possível, é melhor correr na asfalto do que no concreto.

    O tratamento envolve o princípio do RICE que ajuda no tratamento da inflamação e edema:

    R (Repouso): O Repouso permite que as estruturas lesadas se recuperem mais rapidamente, mas isso não significa que você precise ficar em casa no sofá, apenas deve haver restrição da atividade que desencadeou a lesão;
    I (Ice - Gelo): O Gelo possui propriedades anti-inflamatórias, além de ser analgésico e prevenir lesões secundárias. O uso deve ser de 15 a 20 minutos, 3 vezes ao dia no local dolorido;
    C (Compressão): A Compressão reduz o edema, isso acelera o processo de recuperação e;
    E (Elevação): Melhora o retorno venoso, auxiliando na redução do edema.

    Além disso, o processo de Reabilitação é essencial. Sessões de Fisioterapia envolvendo treinos funcionais, alongamentos e fortalecimentos são essenciais para reequilibrar a musculatura. Com a musculatura preparada, a probabilidade de reincidência da lesão é menor.

     Então Carol, já sabe o que fazer, mas não desista de correr.

    Até a próxima.

    Running Free!!!

    quinta-feira, 7 de março de 2013

    Corridas que rolam por aí: Bouncing Buns Run


    Na cidade de Palmerton, no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, ocorre uma corrida muito interessante. 
    Anualmente no Resort Sunny Rest alguns corredores se juntam para participar da Bouncing Buns (em tradução livre soa algo como Bumbuns balançantes), onde o único acessório permitido é o tênis, mas pode correr descalço se quiser "maior" contato com a natureza. A corrida ocorre desde 2010 e ano passado já contou com 161 corredores naturistas. São 7 km ao redor do resort, que é dedicado ao naturismo. O conceito da corrida é mesmo a diversão, já que não há premiação em dinheiro, uso de chips de cronometragem e até mesmo número de peito, a identificação é feita na lateral da perna. 

    O troféu é dado aos melhores corredores por faixa etária e é um bebê pelado. Nada mais justo.


     








    Não existem provas semelhantes no Brasil, mas quem sabe um dia? 

    Até a próxima. 

     Running Free!!!

    quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

    Crônicas de uma Maratona Adiada...

    Pessoal,a continuação desta tag será adiada, devido a adiação da Maratona de São Paulo, que iria acontecer no dia 28/04. A organização mudou a data para o dia 04/10. Infelizmente isso mexeu bastante no meu planejamento de corridas ao longo do ano, penso até que não conseguirei completar no tempo pretendido, já que tenho outras corridas alvo, como a Golden Four Asics em 28/08. No período que vai acontecer a Maratona, já vou estar na decrescente da curva de desempenho anual. Outra coisa triste é que fiquei sabendo do adiamento através de redes sociais, a organização não enviou nenhum comunicado pessoal informando sobre o fato. Agora é colocar um tênis na frente do outro e buscar os 40 minutos dos 10K e 1h30 nos 21K este ano. Apesar disso a tag está apenas adiada. Até a Próxima. Running Free!!!

    segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

    Crônicas de uma Maratona - Parte 1

    Olá pessoal, após as férias do trabalho e da corrida, se deu início a um grande passo que irei dar no mundo da corrida, Minha Primeira Maratona. No dia 28/04 irá acontecer a Maratona Internacional de São Paulo, e eu estarei lá. Para encarar 42 quilômetros terei que treinar bastante, para isso planejei uma planilha de 16 semanas com quatro treinos semanais. Esta tag irá apresentar em partes, o processo que me levará a concluir este enorme desafio.
    O negócio não é só terminar a Maratona, é terminar em no máximo 3:30.
    Tive que planejar bem a planilha; os treinos são bem mais longos e intensos que antes, dois dos treinos semanais são de madrugada, o mais rápido deles dura em média 55 minutos, tenho que contar que entro no trabalho (agora tenho um!!!) às 7 da manhã, então o dia começa às 4:00. Os outros são de fim de semana, até o momento estão durando cerca de 1:40 - 1:50.
    Os treinos realizados até agora estão difíceis, particularmente os tiros; ainda tenho dificuldades em correr muito rápido. Sei que o meu shape é de corredor de fundo, mas uma velocidadezinha não faz mal a ninguém.
    Como está muito duro cumprir a planilha, comecei a pegar uma pedra no caminho para ficar como recordação do treino concluído, espero ter muitas pedras até o final. Isto está servindo de motivação para seguir em frente.
    Apesar de duro, estou sentindo que estou evoluindo e estou confiante que conseguirei vencer mais este desafio.
    Aguardem as próximas partes.

    Até a próxima.


    Running Free!!!