terça-feira, 1 de abril de 2014

Trofeu Brasil de Triathlon - Etapa I Santos.

No dia 23/03 em Santos, aconteceu a primeira etapa do Troféu Brasil de Triathlon de 2014. Para mim seria a estréia no esporte, e não deixaria de ser um prelúdio para o Ironman 70.3 de Foz do Iguaçu. Os preparativos foram os melhores possíveis, a única coisa que não havia sido treinado era o nado no mar.
Fui sem medo, pois durante a minha adolescência em Maceió, praticava Bodyboard então sabia ler as marés. No dia anterior o mar estava tranquilo, mas ele mudou e ficou um pouco agitado.
Após a largada, fiz bastante força para conseguir atravessar a arrebentação, após isso encontrei outro problema, não tem nenhuma referência para o nado, nada de faixa escura no fundo da piscina, bordas ou nado reto, além disso a marola atrapalha bastante o nado. Tinham me alertado sobre a "pancadaria" que acontece durante a natação, mas pelo menos nessa prova sai ileso. No final, terminei a primeira etapa em 17:34. 
Quando saí da Transição para a Bike, senti que tinha feito muita força na água e como não sabia como me comportaria na Bike, resolvi segurar bem o ritmo para não comprometer a corrida.
Na bike foi tudo tranquilo, dosei bem o ritmo, apesar de em alguns trecho perto do Porto, o asfalto estar bem gasto. Consegui terminar em 48:59, cerca de 8 minutos a mais do que estava planejando, mas pelo menos saí bem para a corrida.
Quando calcei os tênis mandei ver, pois sabia que estava em casa e terminei em 26:07. Tinha planejado fazer em 30:00 então foi um saldo bom com tempo total de 1:32:41. Além disso o processo de recuperação foi bem tranquilo, já que fiquei sem dores, graças ao meu Fisioterapeuta Yuri Franco.
Agora é continuar os treinos para tentar encaixar bem a Bike. 
O próximo desafio será a segunda etapa do Troféu Brasil que acontecerá em São Paulo no dia 01/06 e será a última preparação para o Ironman.
Até a próxima.

Running Free!!!






terça-feira, 11 de março de 2014

Agora tenho um Parceiro!!!!

PUBLIEDITORIAL



Não é novidade para ninguém que um dos pilares na minha preparação é a Fisioterapia Desportiva, desde o início do acompanhamento especializado não sofri nenhuma lesão decorrente do volume de treinamentos, mesmo este aumentando consideravelmente nos últimos meses devido à preparação para o Ironman 70.3 de Foz do Iguaçú. 
Atualmente são 14 sessões de treinamento semanais com média de 2 a 3 horas diárias, incluindo Natação, Ciclismo e Corrida, bem como Flexibilidade, Treino de Força e o Treino Funcional.
Até lá, contarei com apoio do GERF para realizar a prova da melhor forma possível.
Este belo trabalho está sendo executado pelo GERF - Fisioterapia e Pilates, na pessoa do Fisioterapeuta Yuri Franco, que por acaso é meu Amigo.
O GERF atualmente realiza o acompanhamento da Seleção Feminina de Futebol (Adulta, Sub 20, Sub 17 e Sub 15), o que garante know-how no acompanhamento em esportes de alto rendimento. 
Além disso, a equipe é composta por profissionais especialistas e com produção e publicação de artigos científicos na área.
Como profissional de saúde sei da importância de se aplicar as melhores evidências científicas no tratamento e lá tenho essa segurança como paciente. 
A enorme diferença entre o gestual de corrida, antes e após o início do acompanhamento com o GERF.
O GERF - Fisioterapia e Pilates Higienópolis fica localizado na Rua Mato Grosso, 128 - Conjuntos 53, 44 e 43. Sao Paulo - SP
Tel: (11) 3641-4163 ou Celular: (11) 99559-5619

Site: www.gerf.com.br

Até a próxima.

Running Free!!!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Chegou a vez do Triathlon?

Olá pessoal, estive um pouco afastado nestes últimos 3 meses e não foi só do blog. Digamos que meu período off-season foi um pouco maior que o "normal".
Após meses parado, resolvi por em prática um plano que estava latente desde o ano passado.
Sempre tive vontade de fazer triathlon, muito espelhado pelo meu Pai, que já tem pelo menos 10 anos de prática e alguns Ironmans nas costas. 
Ano passado, eu e a Wesla fomos assistir o Ironman de Florianópolis e vê-lo competir.
Lá, contagiado pela atmosfera, decidi que praticar triathlon seria um objetivo de vida. Não só realizar o Ironman em si, mas todas as distâncias da modalidade, assim como fiz na Corrida. Dizem que esse é o caminho natural dos corredores.
Este ano, as metas são fazer duas etapas do Troféu Brasil de Triathlon nas distâncias Short (750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida) e Olímpico (1,500 m, 40km e 10 km). Além do Troféu Brasil resolvi me inscrever para o Ironman 70.3 de Foz do Iguaçu, que tem 1,900m de natação, 90 km de ciclismo e 21 km de corrida.
Esta decisão de realizar o Ironman tem fundo passional, mas seria louco em querer realizá-lo se não tivesse lastro esportivo nem acompanhamento profissional (Fisioterapia, Nutrição e Treinador).
Claro que não deixarei de participar de corridas, mas agora as passadas terão como companhia as braçadas e pedaladas.
Até a próxima.

Running Free!!!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Crônicas de uma Maratona - Parte 3 (Final)

Passados quase um mês da minha primeira Maratona e me sentindo um homem diferente para melhor, agora é hora de traçar outros objetivos.
Primeiramente, gostaria de destacar que todo o processo que passei desde os treinamento e a própria Maratona em si, me permitiram passar por um processo de mudança interna intensa. Com certeza não sou o mesmo homem de antes.
Segundo, tenho que destacar o trabalho do meu fisioterapeuta Yuri Franco pelo processo de recuperação que vem fazendo comigo, pois a sensação de musculatura "cansada" me acompanhou  por duas semanas, mas após acompanhamento com o Yuri, me permitiram treinar de forma adequada, tanto que domingo (03/11) tem uma Meiazinha (Etapa III do Circuito Athenas) para esquentar as pernas.
Terceiro, o coach Emerson Gomes, que acreditava que faria a prova em 3h22, continua firme nessa concepção. Ele me falou que o motivo de eu ter ido "mal" na prova, é que simplesmente resolvi estrear na Mais dura Maratona da América Latina. Ele falou que tenho potencial para uma Maratona sub-3h ano que vem (em Porto Alegre ou Buenos Aires). Se ele acredita e eu quero, então vamos lá!

Até a próxima pessoal.

Running Free BR!!!

domingo, 27 de outubro de 2013

A chave está nos Quadris!!!

Por Yuri Rafael dos Santos Franco

Olá caros leitores do Running Free BR, é com muito prazer que estou escrevendo pra vocês a pedidos do Caio. A temática desse post é a influência da musculatura do quadril no desempenho da corrida. Esse tema foi sugerido depois de algumas sessões de fisioterapia que o Caio vem fazendo.
Tudo começou em um domingo, exatamente no dia 15/09, onde estávamos almoçando e o Caio referiu que durante seu último treino mais longo, antes da maratona de SP, ele sentiu uma dor muito forte na panturrilha que fez diminuir o ritmo do treino. Na mesma semana ele chegou na clínica com o desconforto, porém durante a avaliação clínica não parecia nada mais do que uma contratura na região da panturrilha e começamos a sessão com analgesia local e alguns agentes térmicos para melhorar aquele quadro, pois faltavam apenas 2 semanas para a prova que o Caio vinha treinando e pelo que conheço do cidadão ele não iria parar o treino devido a essa dor.
E foi depois dessa primeira etapa que eu fiquei assustado, pois ao iniciar o fortalecimento do complexo posterolateral do quadril (especial o glúteo médio) ele mal conseguia ganhar da gravidade. Mais uma vez o Caio me deixou pensando em certos aspectos biomecânicos da corrida e a importância de uma boa instrução e uma equipe especializada no tratamento dos atletas.
E ai vem o tema proposto para o texto. Qual é a importância da musculatura do quadril para os corredores?
Atualmente, a comunidade científica voltada ao esporte tem falado muito das desordens biomecânicas que acontecem nos membros inferiores e o envolvimento da musculatura do quadril, em especial os que compõem o complexo posterolateral do quadril (glúteo médio e máximo e os rotadores laterais do quadril), tem ganhado destaque, talvez, por sua característica estabilizadora. Mas o que faz esse grupo muscular ser tão importante? É algo simples de ser visualizado, pois essa musculatura tem ação de estabilizar a pelve quando tiramos um dos pés do chão, gesto natural da corrida. Um exemplo é que quando tiramos o pé esquerdo do chão, a musculatura ativada é a do quadril direito para evitar que a pelve caia (sinal de Trendelemburg). Quando temos um déficit de força ou de ativação e a musculatura não faz seu papel o risco de lesão é aumentado de forma exponencial e não é apenas no quadril, com foi dito antes, mas todo o membro inferior é prejudicado, desde a coluna lombar até o pé.
Outro ponto que pode ser perguntado é porque então, o Caio, chegou com aquela dor na panturrilha? Algo que temos levar em consideração é que o corpo, independente da situação que ele se encontre vai fazer o movimento desejado. E aí entra um ponto interessante que é a ação dos músculos sinergista, que são aqueles que atuam de forma a facilitar ou ajudar um único músculo ou um grupo muscular. E isso já é certo, o glúteo, o quadríceps e a panturrilha eles se ajudam na hora da marcha ou da corrida afim de que o movimento seja realizado, logo se um deles falha o restante continuará “pagando o pato” para realizar o movimento. E aí vem uma hipótese do que pode ter gerado a lesão do Caio, além da sobrecarga devido ao treino, a falta de força no complexo posterolateral do quadril pode ter afetado todo o grupamento que dá propulsão para marcha e gerado contratura ou espasmo na panturrilha.
Fiquem atentos, pois não são só as lesões musculares que podem ser o resultados dessa fraqueza, outras lesões mais graves podem acontecer como: Lesão do Ligamento Cruzado anterior, Síndrome da dor femoropatelar, Síndrome do trato ou banda Iliotibial e várias outras desordens músculo-esquelética.
Resumindo todo esse texto, muita das lesões que acontecem em atletas, sejam eles amadores ou profissionais, podem ter sua origem distante do local real da lesão. Por isso é importante o acompanhamento de uma equipe especializada em lidar com atletas.
Acho que é isso pessoal, espero que tenham gostado dessa breve explanação do tema que venho estudando e estou à disposição para maiores esclarecimentos.
Até breve!

Yuri Rafael dos Santos Franco
É Fisioterapeuta Especialista em Fisioterapia Músculo Esquelética pela ISCMSP e Mestrando em Fisioterapia pela Universidade da Cidade de São Paulo (UNICID)
Atende na GERF Fisioterapia e Pilates - Rua Mato Grosso, 128, conj. 43/44. Hienópolis. São Paulo-SP

yrfranco@hotmail.com . Facebook: https://www.facebook.com/yuri.franco.399

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Crônicas de uma Maratona - Parte 2

Domingo passado, aconteceu a corrida Ímpar da minha vida, o auge da minha curta carreira de corredor de rua. Dois anos e meio me preparando, sendo quatro meses de preparação específica para a Mítica Maratona. Maratona de São Paulo...
... quando entrei para a MPR, meu professor Emerson perguntou: - São Paulo? Prova muito dura, acho melhor estrear em Buenos Aires que é plana, clima ameno; 
Oxe, um alagoano cabra macho com medo? 42 km são iguais independente de onde é! Foi o que pensei. Vou treinar para mostrar para ele que quem manda aqui sou eu!
Os treinos, apesar de duros, foram feitos e me julguei capaz de terminar em 3h30, uma meta arrojada, julgando o pace médio de 5:00/km.
Na quinta que antecedeu a prova, o professor me mandou a estratégia da corrida; os ritmos, a nutrição, hidratação, hora do gatorade. Tempo final estimado: 3h22????? Poxa, esse cara tá confiando em mim, isso melhorou muito minha auto-confiança.
No dia da prova, cheguei, aqueci, encontrei o Marcus Belda, que fez os 25 km, e fomos para a largada.
18.000 corredores, nunca vi tanta gente com tênis ao mesmo tempo.
Li várias vezes sobre os estágios que um corredor passa durante uma Maratona, vou falar um pouquinho sobre alguns que passei.
1- Excitação: Começou a prova e pensei: É isso aí garoto, você treinou muito duro, agora é só a coroação, vamos lá. Fui assim até o km 5. Após isso, olhava para as placas de quilometragem e pensava: caraca ainda faltam 35 km. Ao longo do percurso, fui realizando a nutrição e hidratação de acordo com a estratégia.
2- Negação (18-20 km): O ritmo estava se mantendo bem, mas a frequência cardíaca começou a subir para manter o ritmo, pensei: isso não é nada, estou me sentindo bem. Continue assim (teste de caminhada de 6 minutos. hahahaha).
3-Abalo/Isolamento(21-25 km): Comecei a perceber que poucas pessoas estavam correndo junto comigo, me perguntei: Ué, cadê a galera?. Ao entrar na Cidade Universitária, tinha o pórtico de chegada do 25 km, faltavam apenas 17 km para mim, sinal que estava chegando; mas quando olhei para o relógio, ele marcava 5:30/km. Como assim? Tava tão bom? Tentei entrar no ritmo estabelecido, mas não consegui. Então permaneci neste ritmo mesmo, para não quebrar.
4- O Muro: Se tem uma coisa verdadeira quando falam de correr uma Maratona, é o Muro. Sempre li e ouvi falar nesse tal de Muro, um determinado ponto da prova em que um cansaço absurdo surge do nada. Com três caminhos: Se bate nele e cai, Ou você o derruba e termina a prova bem; Ou faz tanto esforço para atravessá-lo, que  fica sem forças suficientes para terminar bem.
No meu caso foi a última opção, e veio no Km 28. Do nada, um elefante subiu nas minhas costas e com ele vieram as câimbras, que acompanharam até o último passo. Ainda consegui manter o ritmo até o km 33, quando não aguentei e comecei a andar pela primeira vez. Quando isso aconteceu, escutei várias vezes: - Vamos lá garoto, a corrida tá começando agora.
Apesar de alternar corrida com caminhada, consegui correr adequadamente, mas as pernas estavam doendo muito.
5- Afirmação (37-41 km): A partir do km 37, foi um jogo mental. Eu exercitei da forma mais intensa de como a mente pode comandar o corpo. Nessa hora eu apenas andava, quanto tentava correr não conseguia. O corpo pedia para parar, mas eu não deixava. Eu me recusava a desistir. As dores nas pernas eram fulminantes, e atingia todos os músculos das pernas. Mesmo assim eu fui seguindo. Na minha cabeça eu ia terminar nem que fosse engatinhando.
Quando passei da placa de 41 km, veio uma câimbra em todos os músculos das duas pernas, se não houvesse um cavalete ao lado eu tinha caído. Na hora eu só pensava em todos que me deram forças. 
Como estava perto da chegada, muitas, mas muitas pessoas começaram a gritar meu nome, mandando não desistir, falando que a dor era passageira, nessa hora a torcida deles me deu forças e eu consegui recomeçar a correr, e correr e correr. De repente o cansaço acabou e quando olhei para frente, a chegada. 
6- Exaltação: Caraca! Consegui!!!!! Quando passei pela linha de chegada, o tempo era de 4h18, mas o tempo não importava. Pensar que consegui correr 42 km foi uma sensação de vitória indescritível. Após passar pela chegada, as pernas falharam e eu caí. Fiquei 5 minutos sem conseguir me levantar, mas o dever foi cumprido. 
Agora eu posso falar que sou um Maratonista!!!!
Quando cheguei na tenda da MPR um colega vendo meu estado perguntou: - E aí garoto, essa vai ser a última ou a primeira?
Eu: - Tô pronto para a próxima!
Ele: -É, você é um corredor...
Eu pensei: Eu sou mesmo!
Ano que vem planejo fazer uma Maratona plana, Porto Alegre ou Buenos Aires, para ver ser consigo fazer as 3h22. Essa semana será de descanso, mas segunda o tênis vai estar no asfalto mais uma vez.

Até a próxima.

Running Free BR!!!!!


sábado, 21 de setembro de 2013

Crônicas de uma Maratona - Parte 1

Daqui a duas semanas no dia 6 de outubro acontecerá a Maratona de São Paulo. Será minha primeira participação na mítica distância da corrida de rua. Como tenho noção do quão é duro correr uma Maratona, não só a corrida em si, mas também sua preparação, optei por iniciar um acompanhamento especializado para ter uma adequada preparação. Procurei apoio nutricional e entrei para "A" Assessoria de corrida de São Paulo - Marcos Paulo Reis (MPR). Como sempre treinei sozinho e sem acompanhamento, não imaginava o quanto é importante treinar sob supervisão. Além disso, treinar com pessoas acima do meu nível trouxe uma motivação extra. 
Com acompanhamento especializado, era hora de treinar. Nossa, como eles são duros. Quatro treinos de corrida por semana, intercalados com dois dias de natação. Os regenerativos duram no mínimo 50 minutos, que servem para "soltar as pernas" depois do longos que foram de 16 até 30 Km!
O apoio nutricional está no ponto, visto que, mesmo com uma grande carga de treinos, estou mantendo meu peso - 55 kg.
Após terminar a Golden Four Asics com pace médio 04:23, imaginei que faria a Maratona com pace de 4:50-4:55, isso daria um total de 3h23-3h26, mas correr uma Maratona não é uma Meia-Maratona. Os treinos estão me mostrando que será muito difícil de conseguir esses tempos, mas estou fazendo o que necessário para chegar lá.
Ainda não conversei com meu treinador para falar da estratégia e ritmos utilizados na corrida.
Vamos ver o que acontece.

Até a próxima!

Running Free BR!!!